A mala de cartão
Por Laureano Soares
Parti um dia do meu berço natal,
da terra onde nasci
do meu Sobral,
com uma simples mala na mão.
Uma mala em cartão.
Contendo como riqueza
umas peças de roupa...
Sonhos!
algo risonhos
e muita ilusão.
Segui o meu caminho pela vida fora
vivi alegrias e tristezas sem fim
desses momentos
eu me lembro agora
das penas que feriram o meu coração
e dos meus olhos brotaram:
Pérolas cintilantes
que vieram quebrar-se
desfeitas no chão.
Da (pobre) riqueza que eu trouxe outrora
ficaram os sonhos e pouca ilusão.
Há desses momentos que a minha alma chora
quando me recordo da mala em cartão.
© Laureano Soares
Nota: Este poema foi traduzido em inglês e publicado nos dois idiomas na Antologia Memória, “An Anthology of Portuguese Canadian Writers” publicada pela editora Fidalgo 2013.